Valores
humanos
na
Educação
Uma
nova prática na sala de aula
Minha
esperança é que possamos criar pessoas com valores, como na história que conto
a seguir, de Roberto Shinyashiki, médico e escritor.
“Contam que
um homem, seu cavalo e seu cão caminhavam por uma estrada. Depois de muito
andar, esse homem se deu conta de que ele, o cavalo e o cão haviam morrido num
acidente”.
A caminhada era muito longa, morro acima, e
o sol estava forte, o que os deixou suados e com muita sede. Precisavam
desesperadamente de água. Numa curva do caminho, avistaram um portão magnífico,
todo de mármore, que conduzia a uma praça calçada com blocos de ouro, no centro
da qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina.
O caminhante dirigiu-se ao homem que, numa
guarita, guardava a entrada.
“Bom-dia” cumprimentou.
“Bom-dia”, respondeu o outro.
“Que lugar é esse, tão lindo?”
“Isto aqui é o céu.”
“Que bom que nós chegamos ao céu, pois
estamos com muita sede”, disse o caminhante.
“O senhor pode entrar e beber água à
vontade”, respondeu o guarda, indicando a fonte.
“Meu cavalo e meu cachorro também estão com
sede.”
“Lamento muito”, disse o guarda, “mas aqui
não se permite a entrada de animais”.
O homem ficou muito desapontado porque sua
sede era grande, mas ele não beberia deixando seus amigos com sede. Assim,
prosseguiu seu caminho.
Depois de muito caminhar morro acima, com
sede e cansaço multiplicados, chegou a um sítio cuja entrada era emoldurada por
uma porteira velha, semi-aberta.
A porteira se abria para um caminho de
terra, com árvores dos dois lados. À sombra de uma delas, um homem deitado, a
cabeça coberta por um chapéu, parecia dormir.
“Bom-dia”, cumprimentou o caminhante.
“Bom-dia”, o homem respondeu.
“Estamos com muita sede, eu, meu cavalo e meu
cachorro”.
“Há uma fonte naquelas pedras”, disse o
homem, indicando o lugar. “Podem beber à vontade.”
O homem, o cavalo e o cachorro foram até a
fonte e mataram a sede.
“Muito obrigado”, ele disse ao sair.
“Voltem quando quiserem.”
“A propósito”, perguntou o caminhante, “qual
é o nome deste lugar?”
“Céu.”
“Céu? Mas o homem da guarita ao lado do
portão de mármore disse que lá era é o céu!”
“Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno.”
O caminhante ficou perplexo.
“Mas então”, disse ele, “essa informação
falsa deve causar grandes confusões.”
“De forma nenhuma”, respondeu o outro. “Na
verdade, eles nos fazem um grande favor, pois lá ficam aqueles que são capazes
de abandonar até os melhores amigos.”
Que essa
história nos inspire a jamais abandonar nossos valores.
Grande abraço!
Pedagoga: Elizangela Delfino Mendonça Martins.